Quer ser magra e poderosa? Livros que podem surpreender...

A história começou assim. Eu vi uma matéria num programa matutino da tv, falando sobre um tal livro que Victória Beckham estava lendo quando foi clicada por algum fotógrafo que não tinha o que fazer. O tal livro, intitulado Skinny Bitch – ou algo como Vadia magricela – não era lá tão famoso nos EUA, até que a ex-Spice resolveu lê-lo. Resultado, o livro virou febre e foi lançado no Brasil com o nome de Magra e Poderosa – veja o que as editoras fazem na hora de traduzir títulos... hehe – e deu origem até à comunidades no Orkut.

Li algumas críticas sobre o livro e me pareceu ser mais um Guia-patricinha-de-ser. Até que passeando na Biblioteca da Ufal – sim, eu passeio na biblioteca – dei de cara com uma propaganda do livro, muito bem feita por sinal, onde você podia ler a introdução e todo o primeiro capítulo. Resultado, descobri que não era nenhum Guia-patricinha-de ser, mas sim, um Guia-para-estilo-de-vida-saudável, um livro super bacana sobre como ser Vegetariana/Vegan e ser saudável mesmo assim.

Para se ter uma idéia, o livro foi lançado em 2005 e ocupava a posição 77.938 na lista dos mais vendidos, mas pulou para o primeiro lugar por causa da famosa foto publicada na imprensa. O crescimento registrado nas vendas foi de 37.000% (sim, com todos esses zeros). Atualmente Magra e Poderosa ocupa o terceiro lugar na relação publicada semanalmente pelo jornal “The New York Times”

No livro as autoras, Rory Freedman e Kim Barnouin , ex-modelos super magras e poderosas (kkkkk), contam em detalhes e com uma linguagem super engraçada sobre os males do cigarro, do álcool, dos refrigerantes, adoçantes e, como não poderia deixar de ser, da carne e derivados do leite. Além disso, falam da importância de praticar esportes e ser uma pessoa positiva. Ou seja, um livro muito bom e super interessante. Recomendo; aliás, para homens também.

O que as garotas mais dão ênfase é o fato de que você não precisa passar fome, nem ficar mal de tanto comer alface, para ficar magra. Você quer ser saudável, não anoréxica.

Algumas críticas chegaram a dizer que o livro “esvazia o real sentido do que é ser vegetariano”, já que apela pra que você deixe de comer carne apenas para ficar magra. Não concordo. Incentivar o fim da matança de animais, seja para o bem que for, pra mim é válido. Algumas pessoas tornam-se vegetarianas apenas por que são alérgicas à lactose e à carne. E não há mal nenhum nisso.

Ao contrário, o que a gente percebe ao ler o livro é que a maior parte do texto trata sobre a cruel indústria caça-níquel de alimentos dos Estados Unidos, que sacrifica os animais e move bilhões, omitindo informações importantes para a saúde de sua população. Isso sim deveria ser combatido.